24 de fevereiro de 2011

Força.Interna.Bruta.

Cura de dentro pra fora. Cura invadindo a alma. Onde você busca a sua? Em alguém, em algo, em nada? A doença do corpo adoece sua mente ou você permite à doença da mente paralisar o corpo? Não há permissão. Os limites não existem e a doença de um é a doença de um inteiro. Não há o que dividir quando tudo o que se sente sente-se em tudo. A sensibilidade é uma via de mão-dupla onde se corre o risco de perder em ambas direções. De ganhar também. Quando estamos abertos a sentir não temos o poder de fechar-nos a especificidades. Tudo é absorvido e gera consequências, e possíveis doenças. E onde você vai buscar a sua cura é que faz valer a pena sentir. É quando você aprende a compreender que não existe o entendimento. Surge um leve relaxamento logo após esta constatação e que precede a continuação do caminho circular. Porque não para. Logo após a queda, reerguemos o corpo para alcançar altura para o próximo despencar. Não, a vida não é só oscilações de sofrimento. Com o tempo, e com o sentir sendo sentido sinceramente, a queda não nos quebra, a doença não nos paralisa. A verdade do sentir nos protege da verdade da vida, passamos a vê-la sob uma ótica menos romântica e utópica e mais sonhadora de pés no chão. Mas para isso existir, é preciso buscar a cura certa. E esta vem de dentro, é cultivada no fundo da alma e ganha vida fora do corpo. A alma produz a energia pura, virgem das poluições do pensamento próprio e da falta de pensamento do mundo. É a energia que aprendemos a não utilizar e que esquecemos no momento em que passamos a viver os outros. Mas ela está lá. E mora junto com a paz interior, a vontade de sumir, o desespero e o medo de morrer. A mão amante, amiga ou de mãe pode ajudar, mas é preciso aceitá-la e não equipará-la.