21 de março de 2010

Travessia

Existem sentimentos que já fazem parte da minha vida. Sejam bons ou ruins, tornaram-se constantes e, nem por isso, menos atordoantes. Novamente, eles voltam a povoar minha mente e ocupar a minha rotina psicológica, mas não há impedimentos. Ainda tenho uma longa rua sob meus pés e rodas que me farão atravessar uma baía de reflexões. O ponto de chegada? Este, ainda sem eu saber, será um porto de calmaria e novas esperanças. Chegar nele não é fácil, pois é lá que moram um histórico de bons momentos e um possível futuro de vida, inspirações e pessoas. Coisas boas são difíceis de serem percebidas, às vezes o caminho é nebuloso, mas a luz chega na hora certa; cedo ou tarde. Receber o olhar que muito povoou pensamentos, sentir o toque, mesmo que singelo e despretensioso, que tirou férias. Dar voz aos planos acaba tornando tudo mais palpável e renova a energia tão inerte. Os pequenos atos começam a desenvolver um novo comportamento. Mais produtivo, consciente, vivo. As novas personagens da vida real tornam-se coadjuvantes nesta jornada e abrem um leque de novas situações, que, espero, tornar-se-ão permanentes. A roda viva da vida fica mais suave e até divertida. Os sentimentos atordoantes de quilômetros atrás me provocam uma leve risada. Um riso de quem subiu mais um degrau para frente.