11 de setembro de 2016
Eu não sei direito o que faço
Confundo a mente e engano o corpo
Minto para a sombra
Ela ri
Ela sabe
O espelho não me olha mais
Tem medo da pessoa do outro lado
A violência que sai de mim é branda
Caminha devagar
No caminho frio da destruição
O cálculo é exato
Certeiro como a onda que me afoga
A água que desejo não é essa
Ela sai do seu corpo
E mata
Eu peço por fome
Por mim
Engole o corpo que está aqui
E peço por mais
Mas não por menos
Saia
Despeça-se de mim
O último gole nem sempre é o melhor
Mas é o gosto que fica
Esperando pelo novo próximo
A palavra final já foi dita
Sem mais volta
Se repetida
Saudade fica
Olho para frente
O pescoço estranha
Peles
Ela passa
Como quem tem a vida aos pés
Você apenas olha
Como quem não tem nada a perder
Ela te olha
E você percebe
Perdido entre tantos
Podendo encontrar ela
O impulso ultrapassa portas
Segue pelos corredores quase vazios
Cheios de gente
Só por ela
E ela te desafia
A deixar que comece
Que deixe de ser fantasia
Deixe-a ser
Enquanto concreto é apenas o chão
Você diverte-se com a lembrança
Do certo cheiro que roubaram
E os fios não esquecem
Mas ela ali fica
No lugar seguro
Aquele longe do primeiro passo
No próximo tropeço
Aqui, perto das mãos
Será?
Como quem tem a vida aos pés
Você apenas olha
Como quem não tem nada a perder
Ela te olha
E você percebe
Perdido entre tantos
Podendo encontrar ela
O impulso ultrapassa portas
Segue pelos corredores quase vazios
Cheios de gente
Só por ela
E ela te desafia
A deixar que comece
Que deixe de ser fantasia
Deixe-a ser
Enquanto concreto é apenas o chão
Você diverte-se com a lembrança
Do certo cheiro que roubaram
E os fios não esquecem
Mas ela ali fica
No lugar seguro
Aquele longe do primeiro passo
No próximo tropeço
Aqui, perto das mãos
Será?
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