29 de dezembro de 2011

Uma gota me fala


Sinto falta do cheiro. Do gosto. Os movimentos sincronizados da nossa sintonia fazem da minha vontade a força que move. Jogada entre pensamentos perdidos, encontro entendimento no corpo ausente. O corpo que quero. Perto. Dentro. Parte. A sensação de quase morte lateja querendo vida. Fujo pelo meio das lágrimas para confundir fluidos. Disfarçar a necessidade de pertencer ao que elejo meu. Escolho-te para me chamar de sua. Faça-me sua. Combinemos aromas para trazer cheiro à arte de curvas assimétricas e sobreviventes. Eu preciso. Sentir vida é além da vida. Escorra a sua pelas costas minhas e deixe aqui sua marca, seu descontrole. Vou fechar os olhos para ver melhor. Enquanto busco força para continuar, a imagem permanece a mesma. 

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