10 de julho de 2010

Sem tapete

Eu escolho minhas batalhas
Seleciono as armas
E, principalmente, as que não merecem ir à guerra
Um exército de somente um soldado só
Não o mais forte 
Mas o que ainda consegue lutar
E se propõe a enfrentar doenças e submundos
Os fantasmas do passado
Conflitos presentes
Com coragem e ousadia para sonhar o futuro
Não me acompanhe
Esse pode ser um caminho sem volta
A vida só é garantia no início
O que se segue é sobrevivência
Resistências ao ataque amigo
Não há inimigos no caos da unidade
Também não há um fim no perímetro
As munições esgotam-se
A blindagem renova-se a cada golpe
Para enxergar a paz
É necessário submergir-se na poeira
E apenas meus olhos são treinados para percebê-la
Não preciso que compre minhas lutas
Apenas esteja aqui
Quando o cansaço dominar-me
Escute o silêncio de um combatente
Sem força para as palavras
Mas crente no recomeço

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