18 de julho de 2010

3 vidas

Não faço por mim
Nem por ninguém
Faço pelo sonho
Faço por um amanhã
Cansada de caminhar por essas ruas
De viver os mesmo rostos
Temendo os conhecidos monstros
A ânsia de mover degraus corrói as mãos
Transformá-los em planícies com grama
Deitar o corpo para nunca mais levantar
E soltar alguns leves risos de sossego
A escuridão que abraça meus passos
Impede que a luz aproxime-se deles
Apenas sinto o que vem
Com a visão turva de quem fica confortável vivendo a penumbra
Quase nada me impede
Apenas o que sobreviveu a mim
Minhas angústias não te alcançam
O limite da pele as prende
Mesmo com a vontade de arrancá-las
E deixar o sangue afogar seus gritos
As tentativas frustradas
Moram perto da ousadia de mudar
Ir para casa não mais acolhe
Percorrer o mundo vizinho
Faz esquecer as mazelas do meu
E sigo sem o velho destino
Deixo este preso ao que não foi
É melhor não ver o que vem
A manter a visão presa ao que não volta
Meu labirinto não mostra alternativas
A perdição insiste Só uma direção
No escuro Ao centro Retornar cansa mais
Vou seguir
Ainda me restam algumas vidas
Até...

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