Era uma vez um grupo. Um grupo de três. Não era um trio, era um grupo de três. Sei que não há diferença de significado, mas, por algum motivo, a palavra grupo me passa uma ideia de escolha. Você escolhe estar em um grupo. E eles se escolheram para fazer parte deste.
Não sou muito crédula do destino, mas às vezes ele mostra-se tão evidente que dá até para acreditar no que costumo desacreditar. Não há como não pensar em pré-destinação quando penso neste grupo de três. Três mentes brilhantes, três bons homens, três amigos. É engraçado como as melhores pessoas aparecem tão de repente e em situações tão pitorescas que pensamos estar sonhando. Mas é real. Pelo menos, eu quero acreditar nessa realidade.
Também não sou lá muito crédula da tranquilidade eterna. É muito bom cometer erros, quebrar a cara, perder-se e afundar-se para depois relembrar de tudo e soltar aquela leve risada de quem conseguiu andar para frente. Um grupo de três deve rir muito e sempre junto. Quando forma-se um grupo de três como este, as risadas devem ser, no mínimo, fomentadoras de mais atos brilhantes. Eu espero ainda rir muito com o grupo de três.
Minha irmã não gosta de números ímpares. Eu, por pura osmose, passei a ter uma certa implicância com eles também. São estranhos, não se dividem pela metade. Com o grupo de três, eu entendi qual é a graça do ímpar. Ele não se divide porque não precisa. É como se fosse formado por indivíduos que não necessitam de par para completar-se. São seres independentes. E é por isso que eu gosto desse grupo de três. Eles não estão juntos para dividir e sim para estarem.
O grupo de três tem um poder absoluto. Poder de querer, perseguir e fazer. Não apenas olham, observam. Não apenas escrevem, declamam. Não apenas contestam, refazem. Não apenas pensam, executam. Não apenas existem, reafirmam-se. Não apenas destacam-se, fazem o que falta. Não apenas existem, vivem o mundo. E é por isso que eu quero ver esse grupo de três acontecer.
Fazer parte de um grupo de três não é fácil. Mas nenhum é. Principalmente os ímpares, pois é a liberdade que os une. Mas talvez este grupo de três tenha alma de par e sinta que um é a metade errante do outro que vai dar certo. Assim eu espero.
30 de abril de 2010
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